ciao novos leitores assíduos do espacinho literário mais didático de toda a internet!
primeiramente vale a pena explicar este nome fantástico: delicious white castle! delicious da minha deliciosa parte (inês delicioso), white da ritinha (ria branco) e castle do nosso "reizinho" afonso (afonso henriques).
portanto, sendo este o primeiro post do blog é necessário resumir o que tem acontecido até agora...
(segue-se testamento exaustivo. quem não aguentar leia as maiúculas e veja as fotos!.. fraquinhos!)
A COISA COMEÇOU LOGO MUITO BEM COM A NOSSA NOITE MARAVILHOSA PASSADA NO AEROPORTO DE MALPENSA. chegámos às 10 para as onze a itália, o tempo estava abafadíssimo e quente. depois de descobrirmos que o autocarro que nos leváva do terminal 2 para o terminal 1 era "frixérvixe" (leia-se free service com um sotaque italiano desgraçado) lá fomos nós de malas e bagagens passar a noite no terminal 1. só havia um bar aberto no aeroporto inteiro, onde jantámos uma bela duma sandes e eu passei um mau bocado até conseguir que me fizessem uma tosta só de queijo! sentámo-nos para lá nuns bancos e jogámos cartas. ENTRETANTO O AFONSO ESQUECEU-SE DO CÓDIGO DA MALA E PASSOU UMA BOA MEIA HORA A TENTAR 557 COMBINAÇÕES ATÉ A CONSEGUIR ABRIR.
jogámos mais cartas. estendemos os sacos cama no chão e tentámos dormir, só que no momento em que nos decidimos a fazer uma bela sesta o aeroporto passou de um deserto incrível para hora de ponta (nisto eram 4 da manhã): começaram a chegar pessoas que faziam barulho, mas pior ainda, abriu um balcão de enrolar malas em película aderente mesmo ao lado do nosso acampamento provisório.
andámos a cabeçear de sono até as dez e meia da manhã quando apanhámos o autocarro para Torino. NÃO HÁ FOTOS DESSE EPISÓDIO PORQUE DORMIMOS AS DUAS HORAS E MEIA COMO SE A CAMIONETA FOSSE UMA CAMA OPTIMA. pronto, chegámos e dirigimo-nos para o ostello torino.
MESMO SENDO TURIM PLANO, FOMOS RESERVAR QUARTOS NO ÚNICO OSTELLO QUE SE SITUAVA NUMA COLINA, ESTAVA UM CALOR HORRÍVEL E TIVEMOS DE SUBIR IMENSO. a cereja no topo: estava fechado. econtrámos logo uma empregada brasileira que nos deixou guardar as nossas malas de 20kg+10kg de mochilas numa arrecadaçãozeca. a primeira refeição em turim consistiu numa horrível meia sandes de panrico a 2,50€, num bar perto do sítio onde estávamos instalados. nisto a recepção ainda não estava aberta e resolvemos esperar na sala do hostel, em dez minutos estavamos todos a dormir em frente à televisão, outra foto que felizmente não foi tirada (eheheh!). fizemos o check in e resolvemos ir dar uma volta por turim para ver se descobríamos alguns sítios importantes da cidade.
CLARO QUE A PRIMEIRA COISA QUE O AFONSO PERGUNTOU QUANDO ENCONTROU DUAS ITALIANAS QUE FALAVAM (MAIS OU MENOS) INGLÊS FOI: WHERE IS MACDONALD'S? adivinhe-se então onde fomos jantar às seis e meia da tarde! nesse dia estávamos a morrer e acabámos na cama às oito e meia da noite!
O dia seguinte foi domingo, passeámos, descobrimos onde era o nosso belo barracãozinho azul onde vamos ter aulas, encontrámos (até agora) o melhor restaurante de pizzas da cidade e depois, como ao domingo está tudo fechado, fomos para o parque do valentino dormir uma sesta. continuou imenso calor.
bixos fofos do ostello.
piazza san carlo.
metro de torino, todo robotizado.
sede do politécnico
a nossa bela faculdade.
o autocolante mais cobiçado por nós, designers gráficos da tuga.
ritinha na esplanada da pizzaria.
o símbolo de torino.
parque do valentino.
a semana que se seguiu foi uma misturada de acontecimentos insólitos: segunda tivémos a recepção aos alunos erasmus na sede do polito e começámos (e acabámos) as aulas de introdução ao italiano. as aulas eram tão fáceis e a um ritmo tão lento que resolvemos ir embora a meio da primeira para procurarmos casa. foi nessa altura que começou a odisseia: vimos 14 casas em 5 dias, corremos a cidade a pé, de autocarro e de metro, ficámos a conhecer turim pelos nomes das ruas (pelo menos a rita ficou, o afonso ainda não é capaz de se orientar muito bem...).
turim é bonito, mas as ruas são todas iguais, e se nos quisermos orientar pela praça com a estátua do cavalo e com prédios apalaçados, então acabamos sempre perdidos. há uma praça dessas quarteirão sim quarteirão não!
ficámos fãs dos aperitivos, que consistem numa refeição tipo lanche ajantarado em que se pagarmos uma bebida comemos tudo o que quisermos. óbvio que, portugueses como somos, saíamos de lá sempre a abarrotar. sofríamos bastante com o caminho até ao ostello que era sempre a subir. o bar dos aperitivos que nós gostámos é ao pé do rio pó, tem uma vista brutal e uma música que agrada aos três (algo complicado..). os empregados (e empregadas) já nos conhecem por pedirmos sempre 2 ice teas de limão e um de pêssego!
vista do fluido, o bar de aperitivos maravilha.
o bar itself.
até mesmo com os aperitivos a nossa dieta passou a basear-se em três coisas: massa, pizza e macdonalds.
depois da semana a correr lá encontrámos (FINALMENTE!!) a casa perfeita! Mas como tudo o que é bom... Só a podíamos alugar se encontrássemos um rapaz para dividir o quarto com o afonso. note-se que a casa tem três quartos e os donos já nos estavam a deixar alugar somente dois, o problema é que ficava muito caro sustentarmos os 2 quartos sem um rapaz a dormir no quarto do afonso.
quem raio vai querer dividir um quarto com ele?!
começou então a odisseia número dois! escrevemos anúncios e espalhámo-los por tudo o que era campus universitário em busca de um companheiro de quarto. logo no primeiro dia ligou-nos um rapaz espanhol a pedir para ver a casa, ficámos contentíssimos e descobrimos que ele estava instalado no nosso hostel. chama-se juan. para complicar as coisas nessa noite ele apresentou-nos o júlio que também é espanhol, que estava à procura de casa também. o problema é que continuava a faltar-nos um rapaz. ainda houve um português e um italiano que estavam mais ou menos interessados mas que desistiram. então o júlio, que já estava decidido a morar conosco levou um dos nossos belos anúncios para a faculdade dele e no momento em que estava a afixá-lo veio outro espanhol (o josé) falar com ele a dizer que estava interessado. lá mostrámos pela enésima vez a casa e ele aceitou-a sem pensar duas vezes.
odisseia número três (que ainda está a ser vivida)! a casa não está mobilada...
não há portas em dois dos quartos e numa das casas de banho, não há mesas, não há candeeiros, não há cortinas de banho e também não há espelhos! a única coisa que realmente funciona é a cozinha. Foi um drama conseguirmo-nos mudar para lá, porque os donos não nos deixavam entrar sem a casa estar mobilada. tivémos de dormir em casa da tia alice (a tia alice, que ainda não tinha sido referida, é uma "tia" do afonso, que acabou por se revelar o nosso anjinho da salvação oferecendo-nos um tecto e muitos almoços), porque os hostels de torino estavam todos a abarrotar de estudantes erasmus à procura de casa e a nossa reserva tinha acabado um dia antes de nos podermos mudar.
No dia em que passámos a habitar oficialmente a residência ibérica (nome da nossa casa devido à população que nela mora), ainda tivémos de montar camas provisórias do ikea que os donos gentilmente nos compraram. continuamos a dormir nelas e continuamos sem portas e sem mobília. tivemos de ir ao ikea e ao carrefour comprar coisas essenciais tipo panelas, pratos, copos, talheres e afins. o júlio tem-se mostrado muito útil a trazer "souvenirs" da cantina, para aumentar o nosso espólio utilitário.
máquina da loiça, o maior luxo lá de casa.
as nossas malas, quando ainda estavam arrumadinhas. agora temos pirâmides de roupa em cima das malas abertas, porque ainda não há roupeiros.
as nossas camas maravilhosas.
as primeiras hóspedes do nosso frigorífico.
vista da janela da cozinha, que dá para um pátio interior do prédio. é sempre uma surpresa entrar num prédio com uma fachada luxuosíssima e dar por nós num galinheiro.
família luso-espanhola: afonso, josé, inês, júlio e rita. o juan só vem em outubro, a foto foi-lhe dedicada porque ele é viciado em nutella.
pronto, por agora é tudo.
novas e incríveis aventuras virão!
arrivederci!
inês, rita e afonso.